A médica Ingrid Catiste Fazolin explica o que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e os sintomas da condição que é a terceira causa de mortes no mundo.
O que o tabagismo, a exposição à fumaça da queima de lenha e a exposição prolongada a poluentes do ar têm em comum? Todas essas práticas podem ser causas de uma doença que provoca a obstrução do fluxo de ar nos pulmões. Conhecida como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou DPOC, essa condição engloba doenças pulmonares caracterizadas por obstruir cronicamente as vias aéreas.
De acordo com a médica Ingrid Ariel Lapas Catiste Fazolin (CRM PR: 43.218; CRM SP: 231.162; RQE 30.538), a DPOC, popularmente chamada de enfisema, é uma doença traiçoeira, que progride lentamente. Na maioria dos casos, manifesta-se inicialmente como uma discreta falta de ar que surge ao realizar esforços, como subir escadas ou praticar uma atividade física. Com o passar do tempo, essa falta de ar se intensifica e passa a ser desencadeada por esforços cada vez menores.
“Nas fases mais avançadas, a falta de ar pode ocorrer mesmo em repouso, piorando consideravelmente diante de atividades cotidianas. Tosse produtiva e dificuldade respiratória também são sintomas que podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas”, explica a médica.
Segundo ela, outro indicativo importante é o cansaço. A médica reforça que não existe cansaço “normal” da idade. Estar cansado não é normal. “51% dos pacientes diagnosticados com DPOC sentem cansaço ao realizar atividades simples como tomar banho ou subir escadas”, alerta.
A profissional ainda destaca que nenhum tipo de tosse de fumante pode ser considerado normal, assim como não existe catarro “normal” do fumante. “Fumar não é seguro em nenhuma quantidade, nem ter contato com a fumaça de fogão a lenha sem desenvolver a doença”, afirma.
Para Ingrid, identificar a DPOC em estágios iniciais é crucial, já que a doença é a terceira causa de mortes no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Quanto mais cedo for identificada e iniciado o tratamento, maiores são as chances de sucesso. Portanto, a conscientização e a educação desempenham um papel essencial na promoção do diagnóstico precoce”, considera.