A médica Ingrid Catiste Fazolin esclarece que as partículas liberadas no ar podem se alojar nos pulmões e provocar reações inflamatórias.
O uso do incenso é uma prática muito comum utilizada ao longo de milênios de tradição e costumes. Geralmente produzido a partir de varas de bambu revestidas com serragem e óleos essenciais, o incenso serve para aromatizar ambientes, repelir insetos ou, segundo algumas crenças, atrair boas energias. No entanto, é possível que a queima do incenso possa trazer riscos à saúde?
A médica Ingrid Ariel Lapas Catiste Fazolin (CRM PR: 43.218; CRM SP: 231.162; RQE 30.538) explica que as partículas liberadas no ar podem se alojar nos pulmões, provocando reações inflamatórias. Pessoas adeptas à prática frequente devem ficar atentas às orientações para reduzir possíveis danos.
Para a profissional, a exposição excessiva ao incenso é um dos agravantes. “Exposições frequentes, por longos períodos e em espaços fechados, podem aumentar o risco de problemas de saúde devido à composição química de alguns produtos, incluindo substâncias como benzeno e aromas sintéticos, que podem desencadear reações alérgicas, enfisema pulmonar e bronquite”.
Além disso, incensos com fragrâncias mais intensas são mais suscetíveis a causar reações alérgicas, irritação nasal, dores de cabeça, enjoo e tontura em algumas pessoas, assemelhando-se aos efeitos da nicotina.
A médica ainda ressalta que as reações podem variar de acordo com a substância usada. Para aqueles que não abrem mão do ambiente aromatizado e ainda optam pelo uso do incenso, Ingrid dá dicas para diminuir os riscos e danos à saúde a longo prazo.